Pelo andar da carruagem, Ezequiel Ferreira não será candidato à governador. Depois da conversa franca que teve com Fátima Bezerra, e um evento de filiação do PSDB (que tinha mais cara de lançamento de campanha) Ezequiel mantém o silêncio. Ninguém fala por ele, se afastou de entrevistas e declarações.
Todos ao redor tentam convencê-lo das reais chances de vitória, devido a grande rejeição da governadora. Mesmo assim Ezequiel mostra medo.
Conversei com alguns interlocutores, que em sigilo, duvidam que Ezequiel tenha coragem de lançar candidatura, segundo um amigo próximo, Ezequiel nunca entrou em bola dividida.
É inevitável a comparação com a ex-governadora Wilma de Faria. Voltando no tempo, ao ano de 2001, e guardada as devidas propoções. Wilma começou sua campanha ao governo, com apenas 3 prefeitos em seu palanque, com a experiencia de ter sido apenas 4º colocada em 1994 (perdendo até pra Mineiro).
Wilma tinha contra ela, uma verdadeira máquina de estraçalhar adversários. Fernando Freire, candidato dos Alves (Com Garibaldi batendo recordes de aprovação), além de Fernando Bezerra, Senador da República e dono de uma das maiores construtoras do Nordeste.
Conta-se nos bastidores, do dia que Agnelo Alves conseguiu convencer Wilma á sair da Prefeitura (entregaria a cadeira ao seu filho). No lançamento de sua candidatura em Mossoró, todos estavam apreensivos quanto ao discurso de Wilma (uma prefeita de Natal, sem experiência política por aquelas bandas). Lá pelas tantas no comício, Wilma saca seu RG e proclama ao povo de Mossoró: "Mossoroenses, eis aqui uma filha da terra da liberdade, (ela nasceu em Mossoró) que não abaixa a cabeça para nenhum adversário, assim como Mossoró expulsou lampião com a coragem, eu começo essa campanha para governadora." Foi um dos maiores comícios que Mossoró ja teve.
Wilma foi eleita no segundo turno com 296.926 votos de maioria.
20 anos depois, o presidente da Assembléia Legislativa, dententor do maior partido do Estado com 31 Prefeituras (o PT só tem 3) não tem coragem de sair de sua cadeira (Wilma abriu mão de 2 anos de mandato) para se lançar como o candidato que uniria oposição.
Falta a coragem, a ousadia, a garra que Wilma tinha.
A cada dia sentimos mais falta dela.
A guerreira dá aula de política até hoje.
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